Cunha é o iceberg nessa
engrenagem mafiosa e corrupta do processo eleitoral brasileiro, com a máquina
pública, que a elite econômica, política e social sempre usou para financiar
seus candidatos. Por princípio, ou intuição, o PT resolveu investir no processo
investigatório concedendo autonomia. Formou-se um pandemônio. A elite, histórica
ré, sentiu o golpe e resolveu virar a arma contra o investigador. Criou o
mensalão e, sem prova de crime (conta bancária, patrimônio), usando o STF e a
mídia, condenou José Dirceu e outros líderes do PT. Mas não chegou a Lula e
Dilma. A lava-jato vem com esse propósito, mas só chega até a elite e seus
prepostos. Há um impasse: até onde pode ir?