É um ultraje toda essa campanha
antiterrorista montada pelos Estados Unidos a partir do governo de ultradireita
de Bush. Versões surrealistas que atentam contra a inteligência das pessoas.
Apesar dos absurdos só um lado fala acobertado por uma campanha poderosa e
radical da mídia. É inacreditável que não surja uma voz dissonante com força
para questionar esse fantasma que é o terrorismo. A impostura de Guantánamo. O
comunismo ou socialismo era uma ideologia que efetivamente existia em dezenas
de países e que lutava para derrubar o capitalismo, mas o terrorismo não. Tudo
virou terrorismo. Um país, uma religião, duas pessoas. Uma nação que defende
seu povo, sua cultura, sua religião é terrorista. As facções, os partidos
opositores desse país também. Um grupo de pessoas de origem islâmica, asiática
ou do Oriente Médio. Dois jovens imigrantes dessas regiões. Qualquer imigrante.
As histórias que os serviços de inteligência criam são absurdas: cemitérios que
se recusam a enterrar terroristas, jovem de faca, rodeado de seguranças
armados, que ataca a polícia. Jovens que nunca estiveram envolvidos com nada
que eles montam historinhas ridículas. Até onde isso vai parar? O nazismo
cresceu contra o comunismo. Seus inimigos aplaudiram, mas depois milhões de
vidas destruídas, comunistas ou não. Omissão absoluta como agora. Sem dúvida,
se deixar desenvolver é o ovo da serpente.
24 de maio de 2013
DESCRIMINALIZAÇÃO OU LIBERAÇÃO GERAL DAS DROGAS?
O preconceito religioso, a
hipocrisia, o conservadorismo e o medo de setores da sociedade dificultam
enxergar a realidade na questão das drogas: uma expressiva maioria de mortes
(assassinatos) não decorre do consumo, mas do comércio. Outra questão grave: os
bilhões de dólares clandestinos movimentados pelo tráfico estão fortalecendo e
criando, cada vez mais, criminosos brutais com parcerias na política, na
justiça, na polícia, nos bancos e na produção. Cresce a influência na gestão de
unidades federativas. A proibição da venda de drogas impede identificar o
usuário, a quantidade consumida e o tratamento a ser aplicado. Outra questão
subjetiva, mas que existe: tudo que é proibido atrai mais. Finalmente a mais
cristalina, real e histórica contradição dessa política de repressão: na década
de 30, enquanto proibida (lei seca), a bebida alcoólica provocou crescente e
brutal violência na sociedade. Liberada cessou a violência. Para corrigir todas
essas distorções somente a liberação geral de todas as drogas que seriam vendidas em farmácias. Pouco ou nada vai
adiantar descriminalizar uma ou outra droga e só um lado, o consumo. Há,
argumentam alguns, vai aumentar o consumo. Mas como vai aumentar se o usuário e
o consumo atualmente encobrem-se no anonimato? A trajetória da droga ilícita
seguirá a mesma das drogas lícitas (tabaco e álcool): controle e prevenção. Aí
sim, com religião, psicólogo, remédio, etc.
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