O depoimento do General Ustra
(torturador) à Comissão da Verdade lembra um princípio: o erro não corrigido
aumenta na medida em que o tempo passa. O princípio tanto nos atinge
individualmente como a sociedade no geral. Cai como uma luva na tortura
executada durante a ditadura militar brasileira e não punida. E o que ocorreu e
ocorre com essa não correção? A prática da tortura e o assassinato perverso
espalharam-se entre setores da polícia por todo o Brasil. A justificativa é
semelhante: trata-se de uma guerra contra o tráfico. Torturam, matam pobres, na
maioria negra, das comunidades carentes.
Depois plantam flagrantes ridículos com trouxinhas de drogas e armas. O
cenário é a cópia fiel da época da ditadura. Só mudaram os figurantes. A mídia
lava as mãos e dá a matéria de forma burocrática e a sociedade, principalmente
a que lê, se omite. Essa é a herança maldita da anistia que vai nos acompanhar
pela história. Hoje o pobre, amanhã...
18 de maio de 2013
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