14 de abril de 2011

DENÚNCIA POLICIAL

Uma mulher em S.Paulo, dentro do cemitério (reverenciava o túmulo do pai) flagrou policiais saltando de uma viatura policial e atirando numa pessoa. Ligou e denunciou, na hora, para o 190 da polícia. A polícia pediu que ela desse o número da viatura e ela deu. Trata-se de uma situação inusitada e extremamente difícil de ocorrer devido ao medo da população em denunciar, principalmente a polícia. A história contada pelos policiais foi bem diferente e já se tornou repetitiva e manjada: o bandido ou traficante reagiu à polícia e eles atiraram e quando chegou ao cemitério já estava baleado. Normalmente essas histórias não tem contestação. Recebe o endosso do superior hierárquico, da Ouvidoria e dos colegas (corporativismo). Dizem que vão abrir uma sindicância e que levará 30 dias para sair o resultado (tempo suficiente para cair no esquecimento da opinião pública). Exatamente nessa atitude de autoridade policial é que inicia-se toda a impunidade. De onde vem tudo isso? Começou na ditadura militar, que acobertou os torturadores e usou a instituição das policias. Esse tipo de violência também recebe certo apoio da classe dominante.
Publicado no blog Hoje em Dia em 7/4/11