27 de abril de 2009

CRISE IV

Crise não se compara. São realidades e momentos diferentes. O capitalismo sempre olha no retrovisor. Corrigiu falha de 29, mas provocou outra. Por exemplo, os bancos. A concentração bancária e a globalização representam outra realidade distinta de 1929. O neoliberaismo transferiu aos bancos poderes ilimitados, controlam a economia e o governo Obama está perdido. Continuar desviando recurso do contribuinte só agrava a situação. A democracia buguesa (capitalismo) sofrerá seu maior teste. Afinal, quem manda? O eleito ou grupos financeiros, seus representantes e meios?

Publicado na Folha Online em 28/02/09

OBAMA

O mundo é bipolar: oscila da tragédia da crise global à euforia da vitória eleitoral. Obama surge num momento histórico importante. Apenas isso. Momento em que o principal país representante do capitalismo desgovernou-se. Nessa hora, preconceitos políticos e raciais vão para o espaço. A economia prevalece. A mídia, e seu poder mobilizador, entra no clima e cria uma enorme expectativa. Mas a história não é bem assim. A crise é grave e vai continuar. O mundo insiste em acreditar numa divindade que vai resolver tudo. É outra barreira que precisa ser vencida.

Publicado na Gazeta do Povo em 8/11/09