22 de julho de 2009

DENÚNCIAS

Só setores da opinião pública despolitizados não percebem a trama das denúncias moralistas da oposição e seus meios. O objetivo é sempre desmoralizar, desgastar e,até, desestabilizar governos que não sigam a cartilha, os preceitos neoliberais e conservadores. É histórico. Desde o início do governo Lula formulam denúncias, a maioria sem provas, baseadas apenas em indícios. Foi o caso de 95% do mensalão. Agora, essa história de ato secreto. Possuem um arsenal de denúncias liberado quando lhes interessa.
Publicado no Jornal do Brasil em 20/7/09

Sarney

Lula tem razão: não pode deixar a crise ser conduzida pela oposição e seus meios, como foi o mensalão. Defender a permanência do presidente do Senado, José Sarney, é questão vital. Do contrário, a oposição faz um carnaval. Hipocrisia e teatro não tem limites para esse pessoal.
Publicado na Folha Online em 6/7/09

CRISE 4

O FMI foi criado para fortalecer o modelo de crescimento insustentável do século passado, época da guerra fria. É ingenuidade admitir que os EUA conseguirá sair do buraco. Suas concepções econômicas faliram e ele foi junto. Na política monetária o milagre dos juros zerou. Na fiscal é um escândalo: trilhões de dólares para banqueiros gananciosos que não dão retorno. O FED (banco central dos EUA) desmoralizou-se e o endividamento não tem retorno.
Publicado na Folha Online em 15/07/09 e Gazeta Online (Vitória) em 17/7/09

FERROVIA

O presidente Lula deveria aceitar a sugestão do embaixador da França, Antoine Pouilliente e comprar o projeto (ou a idéia) ferroviário da França. O Brasil tem apenas 30.000 quilômetros de ferrovia. Na França- 17 vezes menor do que o Brasil- há também, 30. 000 km. A via rodoviária está com seus dias contados, além do desastre que significa para o aquecimento global. Por que apostar no pior? Essa decisão tem a mesma da construção de Brasília.
Publicado na Gazeta Online (Vitória) em 13/7/09

15 de julho de 2009

BUSH 3

Agora começa a aparecer a ponta do iceberg do governo Bush. Espionagem sem escrúpulos, privacidade e liberdade invadidas. Mentira para invadir o Iraque, tortura de presos em Gunatánamo. Mas ele não estava só. Recebeu o apoio do eleitor, dos partidos, dos serviços de inteligência, da grande mídia, das corporações. Enfim, um sistema político apodrecido e, felizmente, falido.
Publicado no Diário Catarinense em 14/07/09

9 de julho de 2009

MICHAEL JACKSON

Houve exagero na cobertura da televisão sobre a morte e o enterro de Michael Jackson. Parece que a morte eterniza mais que a vida. Enquanto vivo, Jackson não recebeu nenhuma homenagem, ao contrário, só críticas. A impressão que fica disso tudo é a de grande interesse comercial. A velha e surrada questão ideológica do lucro, do capitalismo. Vai-se lucrar com ele morto muito mais do que vivo. Apenas isso.
Publicado no Jornal do Brasil e Gazeta do Povo (Curitiba) em 9/7/09

CONCESSÃO PARA POLUIR

Thomaz Friedman, colunista do New York Times, conclamou um milhão de jovens americanos a irem ao Congresso americano pedir a taxação do carbono. A lei que está no Congresso para ser votada é uma concessão aos poluidores. Ela fede, diz ele. A meta de reduzir, até 2020, 17% dos níveis de 2005, não chega perto do que toda a ciência mundial alerta sobre o avassalador avanço do aquecimento global. A contagem é regressiva. A crise econômica global é secundária nesse momento.
Publicado no Diário da Manhã (Goiânia) em 3/7/09

3 de julho de 2009

AMAZÔNIA: A FATURA VIRÁ

Golpe em Honduras

O golpe militar em Honduras reflete bem o reacionarismo e o autoritarismo da classe dominante naquele país. Dominam o Congresso e a Corte Suprema. No Executivo, não admitem alternância progressista. A Constituição é tão autoritária que não admite consulta popular e referendo. Mantém a concepção da guerra fria: mudança é subversão. Muito provavelmente a rigidez deve-se à proximidade dos EUA.
Publicado na Gazeta do Povo (Curitiba) em 1/7/09 e Jornal Hoje em Dia em 2/7/09

MIDIA PARCIAL

É bem nítida a razão da campanha moralista da mídia contra Sarney: colocar na presidência do Senado Marconi Perillo, do PSDB (seu substituto). Querem ganhar o cargo no grito ou, melhor, no golpe. Essa é a tradição histórica da mídia: criam fatos, que antes eram a subversão; agora, corrupção e moralização. Não têm autoridade para estabelecer normas e regras éticas. Não saia, Sarney!
Publicado no Jornal do Brasil e Clipping do Senado em 30/06/09